As Minhas Penas
Como diferem das minhasAs penas das avezinhasQue de leves, leva o ar;Só as minhas pesam tantoQue às vezes já nem o prantoLhes alivia o pesar
As minhas penas não caemNão voam nunca, nem saemComigo desta amarguraMostram apenas na vidaA estrada já conhecidaTrilhada p’los sem ventura
Passam dias, passam mesesPassa um ano muitas vezesSem que uma pena se váE se uma vem mais pequenaAi depois nem vale a penaPor que mais penas me dá
Que felizes são as avesComo são leves, suavesAs penas que Deus lhes deuSó as minhas pesam tantoAi se tu soubesses quantoSabe Deus e sei-o eu!