Com Que Voz
Com que voz chorarei meu triste fado,que em tão dura paixão me sepultou.Que mor não seja a dor que me deixouo tempo, de meu bem desenganado.Mas chorar não se estima neste estadoaonde suspirar nunca aproveitou.Triste quero viver, pois se mudouem tisteza a alegria do passado.[Assim a vida passo descontente,ao som nesta prisão do grilhão duroque lastima ao pé que a sofre e sente.]De tanto mal, a causa é amor puro,devido a quem de mim tenho ausente,por quem a vida e bens dela aventuro.
(Lyrics adapted by Alain Oulman from the original sonnet of Luís Vaz de Camões)