Fado dos Fados
Naquele amor derradeiroMaldito e abençoadoPago a sangue e a dinheiroJá não é amor, é fado
Quando o ciúme é tão forteQue ao próprio bem desejadoSó tem ódio ou dá à morteJá não é ciúme, é fado
Canto da nossa tristezaChoro da nossa alegriaPraga que é quase uma rezaLoucura que é poesiaUm sentimento que passaA ser eterno cuidadoEm razão duma desgraçaE assim tem de ser, é fado
Um remorso de quem senteQue se voltasse ao passadoFicaria novamenteJá não é remorso, é fado
E esta saudade de agoraNão de algo bem acabadoMas as saudades de outroraJá não é saudade, é fado