Flores do verde pinho
Ó meu jardim de saudadesVerde catedral marinhaE cuja reza caminhaPelas roboantes naves.
Ai flores do verde pinhoDizei que novas sabedesDa minha alma cujas sedesM’a perderam no caminho.
Revejo-te e venho exangue,Acolhe-me com piedadeLongo jardim da saudadeQue me puseste no sangue.
Ai flores do verde ramoDizei que novas sabedesDa minha alma cujas sedesM’alongaram do que eu amo.
A tua alma em mim existeE anda no aroma das floresQue te falam dos amoresDe tudo o que é lindo e triste.
A tua alma com carinhoEu guardo-a e deito-a a cantarDas flores do verde pinhoÀquelas ondas do mar.
Ai flores do verde ramoDizei que novas sabedesDa minha alma cujas sedesM’alongaram do que eu amo.
Afonso Lopes Vieira