Lynda Lemay "Chéri, tu ronfles" lyrics

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Chéri, tu ronfles

Moi j’aurais jamais cruQue je penserais au divorceMais l'idée m'est venueVers la fin de la nuit de noceC'est pas que je te détesteOu que je veux te voir mourirC'est juste que tu m’agressesChaque fois que tu respires

Non c'est pas que tu m’écoeuresOu que je peux plus te sentirMais essaie de dormirDans la pelle d'un tracteurC'est pas que tu es pas gentilC'est que tu as dû avalerLorsque t'étais petitUn moteur de HarleyChéri, tu ronfles

Je t'ai donné des coups d'genouxJe t'ai secoué, je t'ai retournéJe t'ai roué de coups de piedÇa rien changé du toutQuand t'es près d'étoufferLà je guette en silencePresque en train d’espérerEt puis « rron » tu recommences

J’me suis mis des bouchonsEt des bonnets d'grand-mèreMais y a tes vibrationsMesurables sur « Richter »Je t'ai acheté toutes les marquesD'humidificateurPour calmer tes horreursD'amygdales qui claquent

Et puis j'ai bâillonné ta grosse face de limaceEn osant prétexter que c'était un fantasmeQuand je te pince les narinesJusqu’à ce que ça fasse malC'est au tour des babinesDe faire « ppfff » comme un cheval

Y aurait l'opérationQui nous sauverait la vieMais monsieur l'étalonÀ peur des bistourisPourrais-tu m'expliquerMe confier ton secretDis, t'es-tu fait grefferEntre la gorge et le nezUn broyeur à déchets… ?

Y a sûrement une façonUne potion miracleÀ donner aux cochonsPour ne plus qu'y renâclentMoi j't'aimerais ma grenouilleSi c'tait pas qu'tu coassesSi j'ramonais ta faceÀ grands coups de quenouilles

Au début j'me disaisQue j'allais m'habituerMais alors j'ignoraisQue t'allais empirer!Là, j'comprends le bonheurLe bonheur de ta mère au mariageElle rêvait qu'son enfantQu'son enfant-pas-d’muffler déménage

J’vais te tirer d'affaireSi tu veux que j'me chargeDe t'trouver un garageOu un vétérinaireSinon retourne chez ta mèreAvec ton vice cachéJ'vais lui dire de te refaireEt puis de s'appliquer!

Querido, você ronca

Eu jamais havia pensadoQue eu pensaria em divórcioMas a idéia me ocorreuCom o fim da noite de núpcias.Não é que eu te detesteOu que eu te queira ver mortoÉ só que tu me agridesCada vez que tu respiras

Não que tu estejas me deixando doenteOu que eu não possa mais te ouvirMas tente dormirNa pá de um trator...Não que você não seja gentilMas é que você teve que engolirEnquanto ainda era garotoUm motor de HarleyQuerido, você ronca.

Eu te bati com meus joelhosTe sacudi, te revireiEu te mexi com golpes de péE isso não mudou nadaQuando estás perto de sufocarAí eu observo em silêncioQuase que esperando...E então "rrronc", tu recomeças tudo de novo

Eu coloquei tampões de ouvidoE os bonés da vovóMais ainda escuto tuas vibraçõesMedidas na escala RichterEu já te comprei todas as marcasde humidificadorPra acalmar seus horroresDe amídalas batendo

E então eu amordaço tua grande cara de lesmaCom o pretexto de que se trata apenas de um fantasmaE quanto eu aperto tuas narinasAté o ponto de doerÉ a vez dos teus lábiosfazerem "ppfff" como um cavalo

E há uma operaçãoQue pode nos salvar a vidaMas o Sr. garanhãoTem medo de bisturiVocê poderia me explicarMe dizer seu segredoDiga, você conseguiu implantarEntre a garganta e o narizUm triturador de lixos?

Com certeza deve haver um jeitoUma poção miraculosaPra dar aos porcosPara que não mais reclamemE eu te amaria, meu sapinhoSe não fosse pelo seu coaxarSe eu limpasse teu rostoà golpes de bastão

No começo eu disse a mim mesmaQue eu me acostumariaMas eu sempre soubeQue você iria piorarAgora eu entendo a felicidadeA felicidade da sua mãe no casamentoEla sonhava que seu filhoQue seu filho-não-silencioso mudasse

Eu vou te livrar deste perigoSe você quiser que eu me encarregueDe te achar uma garagemOu um veterinárioSenão, pode voltar pra sua mãe!Com esse teu defeito oculto.E eu vou dizer a ela pra te refazere então te utilizar!

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