Bodas de Prata
Você fica deitada de olhos arregaladosOu andando no escuro de penhoar
Não adiantou nada cortar os cabelosE jogar no mar
Não adiantou nada o banho de ervas,Não adiantou nada o nome da outraNo pano vermelho pra o anjo das trevas
Ele vai voltar tardeCheirando a cervejaSe atirar de sapatoNa cama vazia
E dormir na horaMurmurando: Dora...
E você é Maria
Você fica deitadaCom medo do escuro
Ouvindo bater no ouvidoO coração descompassado
É o tempo, Maria,Te comendo feito traça
Num vestido de noivado