Algemas
Escravos errantes da vidaE da angustia de viverSomos a imagem esbatidaDo que nos quisermos ser
Corta-se embora a correnteQue nos prende ao que é vulgarE afinal tudo e diferenteDo que queremos alcançar
Sem saber porque vivemosNo misterio de existirNem mesmo ao sorrir esquecemosA mentira que é sorrir.
Desde sempre que conheçoPorque a vida me ensinouQue o riso é sempre o começoDo sorriso que findou
Prendo o mundo nos meus bracosQuando me abracas nos teusE por momentos escassosA terra da-nos os ceus
A vida fica suspensaDo nada que a fez nascerE esse nada recompensaDa tortura de viver