Clandestino
A noite vinha fria,negras sombras a rondavam...Era meia-noitee o meu amor tardava...A nossa casa, a nossa vida,foi de novo revirada:À meia-noiteo meu amor não estava.
Ai, eu não sei onde ele está,se à nossa casa voltará,foi esse o nosso compromisso!E, acaso nos tocar o azar,o combinado é não esperarque o nosso amor é clandestino.Com o bebé, escondida,quis lá eu saber, esperei.Era meia-noitee o meu amor tardava...E, arranhada pelas silvas,sei lá eu o que desejei...Não voltar nunca,amantes, outra casa!E quando ele, por fim, chegou,trazia as flores que apanhoue um brinquedo pró menino.E quando a guarda apontoufui eu quem o abraçou!O nosso amor é clandestino.