Mentiras
Gostava muito de tiMas não posso gostar maisAs mentiras que me pregasSão facadas, são punhais.
Olha quando me enganasteCom a maluca da mariaJuraste mais que três vezesP’la alma da tua tia.
A minha mãe apanhou-teA beijá-la no barrancoA mim disseste que fosteLevantar dinheiro ao banco.
E quando já desvairadaTe obriguei a confessarAlegaste não ter culpaDela ser espectacular.
Que estupidez exigir-teHonradez e seriedadeConsegues que doa menosA mentira que a verdade.
Faz-me portanto um favor:Nunca deixes de enganar-meSe as mentiras matam genteAs tuas podem salvar-me.