Zé Ramalho "Avôhai" paroles

Avôhai

Um velho cruza a soleiraDe botas longas, de barbas longasDe ouro o brilho do seu colarNa laje fria onde quaravaSua camisa e seu alforjeDe caçador

Oh! Meu velho e invisívelAvôhai!Oh! Meu velho e indivisívelAvôhai!

Neblina turva e brilhanteEm meu cérebro coágulos de solAmanita matutinaE que transparente cortinaAo meu redor

E se eu disserQue é meio sabidoVocê diz que é meio piorMas e pior do que planetaQuando perde o girassol

É o terço de brilhanteNos dedos de minha avóE nunca mais eu tive medoDa porteiraNem também da companheiraQue nunca dormia só

Avôhai!Avôhai!Avôhai!

O brejo cruza a poeiraDe fato existeUm tom mais leveNa palidez desse pessoalPares de olhos tão profundosQue amargam as pessoasQue fitar

Mas que bebem sua vidaSua alma na altura que mandarSão os olhos, são as asasCabelos de Avôhai

Na pedra de turmalinaE no terreiro da usinaEu me crieiVoava de madrugadaE na cratera condenadaEu me caleiE se eu calei foi de tristezaVocê cala por calarMas e calado vai ficandoSó fala quando eu mandar

Rebuscando a consciênciaCom medo de viajarAté o meio da cabeça do cometaGirando na carrapetaNo jogo de improvisarEntrecortandoEu sigo dentro a linha retaEu tenho a palavra certaPrá doutor não reclamar

Avôhai! Avôhai!Avôhai! Avôhai!

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