A cidade saudade
Quando as pedras do caminhoVão chorando de mansinhoPor te ver já de partidaE a cidade estende os braços,Com saudade dos teus passos,Ao fundo de uma avenida
Fica tudo tão diferente,Para o tempo e de repente,Toda a cidade é só minhaPresa na margem do rio,Sou como um barco vazio,Rumo ao futuro, sozinha
E as palavras que eu inventoNa tristeza do momentoDe te ver partir agora:São palavras, são carinhos,São os restos dos espinhos,Do nosso amor que demora
E a cidade entristecida,Dorme à noite recolhida,Porque a lembrança sorri,Como quem espera em ternura,Que um dia à nossa procura,Possas voltar sempre aqui.