Ela
Ela sente a solidão do oitavo andarTodo dia à hora triste do jantarSó um copo, só um pratoE ao lado um só talherTudo é um em seu pequeno mundo de mulher
Surge a esperança na vidaEla que dança e convida alguémAo elevador do oitavo andarPra o primeiro amor do oitavo andar
Ela um ele qualquerEla duela o pranto do amorCom ele qualquerDesce e se esquece do elevadorCom ele qualquerEla lembra a vida do interior
Ela na varanda espera seus irmãosMesa posta, luz de velas, canções...Ela brinca de princesa e rei no carnavalPassa a Páscoa em paz consigo no quintal
Nos dias frios de junhoAs rendas brancas nos punhos, balões...E num dia no teatro do localEla a Virgem no presépio de Natal
Ela e um dia qualquerRenda, varanda, Páscoa, Natal...Com ele qualquerEla duela o pranto comumSozinha outra vez
No oitavo andar onde tudo é um
No oitavo andar onde tudo é um
No oitavo andar onde tudo éRenda, varanda, Páscoa, Natal...
No oitavo andar onde tudo é umEla duela o pranto comum
No oitavo andar onde tudo é um
No oitavo andar...No oitavo andar...No oitavo andar...