Quanta Gente Havia
Quanta gente havia esperando por outra genteE estava chovendo e pessoas traziam charda-chuvas consigoE eu estava em dias de bonança, mas ninguém havia por me esperar.
Quanta gente havia esperando por outra genteE estava chovendo e pessoas traziam charda-chuvas consigoE eu estava em dias de bonança, mas ninguém havia por me esperar.
Passaram-se algo como cem anos e eu firme e forte esperando naquela lojaAs paredes até entediaram-se de mim e estavam envergonhadas demais para dizê-loEu tinha meus olhos sobre a sua ternura, e entretanto sua ternura estava na ruaCantei para ele canções e ele sempre daquele seu jeito ocupadoEsperei por encontros no chão, ninguém havia por me esperar.
Pessoas... e carregavam guarda-chuvas... e ninguém havia por me esperar...
Passaram-se algo como cem anos que venho formulando endereçosSei lá eu a quem, endereço-lhes novidadesAmanhã, de certo, chover-me-á os céus à minha porta guarda-chuvas e queridos amantes;Tomar-me-ão qualquer diaE aquele que lembrou-se de toda gente no final lembrou-se de mim.
Quanta gente havia esperando por outra genteE estava chovendo e pessoas traziam charda-chuvas consigoE eu estava em dias de bonança, mas ninguém havia por me esperar... ninguém havia por me esperar.