Quando Eu Contar (Iaiá)
Iaiá, oh iaiáMinha preta não sabe o que eu seiO que vi nos lugares onde andeiQuando eu contar, iaiá, você vai se pasmarQuando eu contar, iaiá, você vai se pasmar
Vi um tipo diferenteAssaltando a gente que é trabalhadorMorando num morro muito perigosoHoje um tal de Caveira comanda o vaporFoi aí que o tal garotoCoitado do broto, encontrou com o CaveiraTomou-lhe um sacode, caiu na ladeiraIaiá, minha preta, morreu de bobeira, ô iaiá
Dei um pulo na cidadeIaiá, minha preta, se eu sei, não iriaSó vi sacanagem, só vi covardiaNem sei como pode alguém lá viverQuando vi o salário que o pobre operário sustenta a famíliaFiquei assustado, iaiá, minha filhaMontei num cavalo e voltei pra você, ô iaiá
Dei um pulo na macumba, fui saber da quizumbaBolei na demanda, cantei pra Calunga, baixei a muambaSaravei a banda, meu corpo fecheiIaiá, eu fiz tudo certinhoDeitei para o santo, raspei, catuleiMe deixa de lado, cão escomungadoEu tô abençoado, eu tô dentro da lei, ô iaiá