Medalha da senhira dos dores
Não desvies os teus olhos dos meusQuando passo à tua portaTrago sempre no meu peitoA medalhinha inocenteQue me ofereceste ao escurecerNaquele domingo tão triste
Só luzia a chama morna, fraquinhaDum candeeiro de loiça pintadaQuando atiraste o cabelo p'ra trásE da tua garganta firme, certeiraSoltou-se o fadoAi tão amarga, dolorosa despedida
A santa tem sete espadas cravadasNum coração com espinhos d'oiro na coroaLá se me foi o amorA sangrar lágrimas puras e tristesFoi-se o amor eu fiquei sóTu em esplendorEstamos quites