Ao poeta perguntei
Ao poeta pergunteiComo é que os versos assim aparecemDisse-me só, eu cá não seiSão coisas que me acontecemSei que nos versos que fizVivem motivos dos mais diversosE também sei que sendo felizNão saberia fazer os versos
Oh! meu amigoNão penses que a poesiaÉ só a caligrafia num perfeito alinhamentoAs rimas são, assim como o coraçãoEm que cada pulsação nos recorda sofrimentoE nos meus versos pode não haver medidaMas o que há sempre, são coisas da própria vida
Fiz versos como faz diaA luz do sol sempre ao nascerEu fiz os versos porque os fazia,Sem me lembrar dos fazerComo a expressão e os jeitosQue para cantar se vão dando à vozTodos os versos andam já feitosDe brincadeira dentro de nós
Oh! meu amigoNão penses que a poesiaÉ só a caligrafia num perfeito alinhamentoAs rimas são, assim como o coraçãoEm que cada pulsação nos recorda sofrimentoE nos meus versos pode não haver medidaMas o que há sempre, são coisas da própria vida
Assim amigo já vez que a poesiaNão é só caligrafia, são coisas do sentimento