Garganta
Minha garganta estranha quando não te vejoMe vem um desejo doido de gritarMinha garganta arranha a tinta e os azulejosDo teu quarto, da cozinha, da sala de estarMinha garganta arranha a tinta e os azulejosDo teu quarto, da cozinha, da sala de estarVenho madrugada perturbar teu sonoComo um cão sem dono me ponho a ladrarAtravesso o travesseiro, te reviro pelo avessoTua cabeça enlouqueço, faço ela rodarAtravesso o travesseiro, te reviro pelo avessoTua cabeça enlouqueço, faço ela rodarSei que não sou santa, vezes vou na cara dura,Vezes ajo com candura pra te conquistarMas não sou beata, me criei na ruaE não mudo minha postura só pra te agradarMas não sou beata, me criei na ruaE não mudo minha postura só pra te agradarVim parar nessa cidade por força da circunstânciaSou assim desde criança, me criei meio sem larAprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste...Aprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste abandonarAprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste...Aprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste abandonarAprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste abandonarAprendi a me virar sozinhaE se eu tô te dando linha é pra depoiste abandonar