Soltem os leões
Eram o fim do pesadeloOs mortos me acordaramE me contaram da dorDos que ali tinham esperado
Me lembrei da minha vidaDe todos que eu tinha deixadoPra seguir o seu caminhoE morrer dilacerado
Só agora, muito tardeÉ que tudo ficou claroA mão que guia o fracoO abandona depois de usá-lo
Solte os leões!Foi o grito que eu ouviEu me ajoelho ao senhorFoi o remédio que eu aprendi
O delírio da multidãoO cheiro de sangue no arMinha fé me trouxe aquiMas daqui não vai me tirar
As grades se abriramA claridade me cegouMãos impunes me levaramMeu carrasco, o meu salvador