Os Ofendidos
Na estrada de Pompeia1 me apareceu um velhoVelhas roupas e chapéu e um olho cegoMe perguntou o que havia de novo nesse mundoEu disse guerra, crime, e ele: o mundo não me assustaO mundo só...
Numa viela em Corumbá2 me apareceu um índioUm cigarro em cada mão e um tênis sóMe disse que era de uma tribo subindo o ParaguaiMas esta tribo já não há, e o mundo não me assustaO mundo só me insultaO mundo não me assusta, nãoO mundo só...
Vou deixar, vou deixar você pensarQue o tempo parouVou dançar, vou dançar até choverRazões pra viverMorder o calcanhar do tempoPro tempo correr
No fliperama do Sião3 me apareceu o anjoOlhos tristes e batom e uma ficha sóMe perguntou se eu precisava de alguma coisa aliEu disse sim, uma resposta, mas a pergunta me assustaMas a pergunta...
Num trecho entre inferno e céu os dois tão absortosTorre, bispo, Diabo e Deus e um silêncio sóSegui em frente e pude ouvir um fio de conversaEle disse em claro som : o mundo não me assusta, nãoO mundo só me insultaO mundo não me assustaO mundo só...
Vou deixar, vou deixar você pensarQue o tempo parouVou dançar, vou dançar até choverRazões pra viverMorder o calcanhar do tempoPro tempo correr
O mundo não me assustaO mundo só me insultaO mundo não me assustaO mundo só me insultaO mundo não me assustaO mundo só me insulta
O mundo não me assustaO mundo só...